Siga-nos:

Análise da Estrutura, Inversão e Semiose na Estrutura de Pensamento

Reinaldo Moschini

“A atuação do filósofo consiste em visitar os endereços existenciais da pessoa (etapas de vida), pesquisando e trazendo devoluções opções apropriadas, partilhando sua trajetória de vida”
(Lúcio Packter)

A Filosofia Clínica, veio com o objetivo de resgatar a origem da filosofia como a definiu Platão:”uso do saber em proveito do homem”, também como diz Wittgenstein, “a filosofia não é nenhuma doutrina, mas uma atividade” (Tractatus Lógico-Filosófico. Parte I § 255), ou seja, uma contribuição da filosofia para o exercício humano, pesquisa que decididamente volta-se para o homem e seu universo existencial, singular, seu movimento de ser no chão da sua história. Assim, estudar o homem, a pessoa e sua localização são tema da investigação filosófica, uma pesquisa terapêutica (cuidado, solicitude, trato cuidadoso).

Segundo STRASSBURGER (2001:11 e 12): “A Filosofia Clínica se mostra, no contexto da historicidade, como um filosofar comprometido com a vida e seus desdobramentos objetivos, nas múltiplas problemáticas em que se faz atuante com um sujeito que aparece como fruto de suas vivências e singularidade. O lugar da Clínica é o espaço da existência, das inter-relações que vão mostrando o homem empírico, contactualizado pela cultura e circunstâncias que se aparecem em seu dia-a-dia, elaborando e qualificando seu existir, espaço indeterminado do ser sujeito, na sua relação com o mundo. A propedêutica possibilita o acesso ao universo metodológico da filosofia que se faz clínica, propondo a reflexão acerca desta especialidade da filosófica clássica. O distanciamento da farmacologia e a fundamentação teórica própria, perfazem uma caminhada peculiar dos filósofos clínicos”

PACKTER (2002: Apresentação) : expõem que “Somos o que representamos de nós mesmos em nosso intelecto. (…) A Filosofia Clínica não está interessada em saúde e patologia, ainda que possa atuar aí. Sua busca é trabalhar com o ser humano em sua sorte de criatura. (…) Somos senhores de nós mesmos e escravos de nossa liberdade. O filósofo clínico acompanha a pessoa e não soluciona em sua problemática do momento (Questão II, Inversão). Esta responsabilidade cabe a ela. Ainda que você não queira ou não saiba, você é seu próprio dono. A Filosofia Clínica não é toda a resposta, ela é uma das respostas. O clínico ocupa-se com as experiências e vivências existenciais da pessoa. Nós, filósofos, aprendemos que a filosofia é um endereço que nós os refazemos durante toda a vida. Não somos melhores nem piores, somos apenas filósofos e, acima de tudo humano. (…) O filósofo clínico, ao se respeitar, se querer bem, ao ser o que é em seu devir, ao vivenciar ao menos uma vez na vida o amor, poderá interagir com as emoções similares da pessoa/partilhante, procurando observar-se e observa-lo no processo de Inversão, onde ocorre quando a pessoa se ocupa de si mesma, seus próprios anseios e questões, procurando não sobrepor-se ou inverte-se. É como nos diz Schopenhauer.(…) Logo, para poder viver entre os homens, temos que deixar que cada um exista e valha conforme a individualidade que recebeu (…). Por isso respeitem a representação da pessoa que lhes procura, como cada coisa aparece para mim, assim ela é para mim; cada pessoa é a medida de todas as coisas que têm relação a ala: ‘o mundo é representação minha”

VOSS (2000:9) “A filosofia clínica é o estudo empírico que o filósofo clínico faz com o partilhante (cliente), de forma individual, em que os dois vão descobrindo e eliminando os choques estruturais através das interseções que podem ser realizadas através de diálogos sobre a história do partilhante, desenhos, escrita, fotos, interseções familiares, interseções em ambientes de convívio e outras”; sem porém, afetar os procedimentos clínicos, de modo competente, condizentes com as diretrizes dos Centros de Formação, seu trabalho no consultório.

A ESTRUTURA DO PENSAMENTO é o modo como está existencialmente a pessoa/partilhante. Significa a maneira como estão associados na pessoa/partilhante e no Filósofo Clínico, todos os sentimentos, os seus entendimentos, seus dados éticos e epistemológicos, religioso e o que mais houver na totalidade. È a maneira que a EP usa para vivenciar em forma de ação, comportamento, atuação, no procedimento submodal. Por exemplo: Eduardo ama Adélia e manda flores amarelas perfumadas a ela.

Então o filósofo, conhecendo a EP da pessoa/partilhante, estudará um caminho para chegar tão próximo quanto puder das causa; às vezes uma pessoa/partilhante chega as causas de uma questão apenas conversando informalmente sobre isso; as vezes precisa que o filósofo, a conduza por meio de indagações sucessivas (porquê de tal coisa? Qual o motivo? O que a levou? Diga-me uma razão para tal fato, etc.); as vezes a pessoa/partilhante terá acesso quase que imediato às causas que procura se puder perguntar ao filósofo sobre determinado comportamentos e puder se sentir segura.

Questão I
O tópico da Análise da Estrutura dentro da Estrutura do Pensamento justifica-se, pois a Análise da Estrutura significa um parecer sobre o todo a partir da historicidade da pessoa. A Estrutura de uma pessoa/partilhante é um produto de uma história vivida ou vivenciada pela própria pesoa. Packter, nos alerta, qua a Qualidade da interseção refere-se a estados subjetivos de ambos.

A própria Estrutura do Pensamento, não coincide com a Análise da Estrutura, pois, uma Estrutura pode utilizar outras como ponte para estabelecer interseções com estrutura distantes existencialmente. Pode haver estruturação hierárquica de estruturas de pensamento. Confusão quanto à ordem de subordinação, dependência, quanto associação, dissolvisão, quanto à importância, etc.
Portanto, o T27 – Análise da Estrutura, refere-se às condições de Estrutura da pessoa/partilhante, ou seja, o pensamento, o corpo e a interseção das partes estruturais. Fazer uma leitura do todo para dar um parecer. O fundamento é conhecer descritivamente a Estrutura, a EP.

Conhecendo a Estrutura podemos dizer por exemplo: Essa EP é forte, fraca, maleável, permeável, sadia. Mas, ela só será forte em relação a quê? Sempre em relação a algo. Para o Filósofo Clínico chegar nesse tópico ele tem que levar em consideração todos os demais tópicos.

Expressões como “Maria é legal; o automóvel verde é bastante moderno; o Internacional está bem; a PUC é respeitada; a Terra é um ser vivo; Deus é eterno” – e outras similares – podem estar se referindo à estrutura quanto a concepção do todo.

Assim, há uma infinidade de EPs que vamos encontrando pela existência.

1. Rígida quanto às divisões tópicas: são EPs em que dados axiológicos são exatos e inflexíveis como um “imperativo categórico”, dados epistemológicos duros como paredes que se erguem contra outros dados de paixões dominantes e assim por diante. Algumas EP s desta natureza podem ser encontradas em corporações militares ou religiosas ou dogmáticas, ainda que nem sempre, é evidente.

De um modo amplo, o filósofo clínico precisa ter exatidão, tanto na colheita quanto na consideração dos dados obtidos. A fixidez dos limites leva os trabalhos clínicos a uma padronização, uma linearidade quanto aos submodos utilizados.

2. Rígida quanto a alguns tópicos e flexível quanto às demarcações restantes.

Um exemplo disso pode ser constatado quando um tópico como Emoções (em vermelho) se fechou às interseções com os demais. Em tal caso, dados oriundos da Epistemologia, das Abstrações, e das Sensações podem encontrar pouca interseção aqui.
Mas também aqui ocorre que entre outros tópicos há fluência e interseção mais flexível.

3. EP s em que as interseções tópicas estão confusas; há então combinações que impedem a avaliação autogênica dos tópicos. Nesse caso, talvez a avaliação clínica possível se faça exatamente pela Análise da Estrutura.

4. EP s com formatos pouco encontrados devido a pressões localizadas externas e internas.

5. EP s com limites internos permeáveis em alguns tópicos e pouco flexíveis entre outros.

6. EP s mal definidas quanto ao limite que se dá a conhecer fenomenologicamente.

Tais EP s podem oferecer grandes dificuldades ao filósofo, principalmente porque será difícil ter uma idéia mais consistente de pontos referenciais: onde começa, onde termina, quais os limites.

7. EP s com partes bem delimitadas e outras quase inexistentes.

Aqui, o filósofo deve cuidar as áreas determinantes à EP. Porque pode acontecer de estar a área pouco definida em uma condição de ostracismo ou mesmo de pouca influência à EP.

8. Eps sob forte risco de fragmentação ou rompimento.

Alguma EP pode estar estruturada de tal modo que seja em si mesma objetável em sua existência. Por estranho que pareça, às vezes a própria ordenação, sistematização e/ou o funcionamento da EP atuam contra a própria natureza que a constitui. É como se o próprio exercício da existência causasse a ruína da estrutura. Outras vezes, a EP existe no limiar. Ela transita entre uma difícil situação que pode arrebentá-la.

9. EP sob enorme pressão interna

A acomodação autogênica dos tópicos pode ter como resultante uma enorme pressão estrutural interna. A pessoa acusa enormes tensões, questões emergenciais, crises crônicas ou agudas (conforme o caso) etc.

10. EP sob enorme pressão externa

Pressões externas podem desde sufocar até mesmo romper a estruturação de uma EP. Muitos fatores contribuem para isso: tipo e intensidade da pressão externa, modo autogênico de estruturação da EP e sua habilidade em lidar com o que se passa, contexto (dado logo nos Exames Categoriais).

11. EP s fortemente fechadas em si mesmas

12. Ainda que tais estruturas se relacionem com outras, com o ambiente, ainda assim suas interseções têm um caráter pouco fluente; é como se nada entrasse ou saísse da EP que provocasse algum desenvolvimento maior. E, de fato, há pessoas que viveram meio século conseguindo a proeza de serem quase as mesmas do início ao fim…

13. EP s excessivamente permeáveis.

Nas EP s excessivamente permeáveis ocorre que os termos encontram fluidez, facilidade, em entrar via interseção. As vivências costumam então alcançar intensidades poucas vezes constatadas; evidentemente, é mais tranqüilo averiguar em clínica estas alterações do que em EP s que tendem a fechar sobre elas mesmas.

14. EP s anômalas.
São Estruturas insólitas; raras. Às vezes foram se despedaçando pela existência, talvez se deformando ou agregando conteúdos estranhos e contundentes. A Autogenia nestas Estruturas é algo pouco estudado; exige atenção aumentada e maiores cuidados que os usuais (nos Exames das Categorias).
Desde a diagnose até a profilaxia, a trajetória clínica é pouco previsível.

T27. Análise da estrutura:
Refere-se às condições da Estrutura da pessoa, ou seja, o pensamento, o corpo e a interseção das partes estruturais. Fazer uma leitura do todo para dar um parecer. Por exemplo: essa EP é forte, fraca, maleável, permeável, sadia. Mas ela será forte em relação a quê? Sempre em relação a algo. Para o filósofo clínico chegar nesse Tópico ele tem que levar em consideração todos os demais Tópicos.

Questão II

Na observância de como o processo me ocorre, nas considerações de François de La Rochefoucauld, aprofundada com Reflexions ou sentences et maximes Morales, iniciada em suas Memórias (1656) e publicadas em 1664, onde identifica um caráter inversivo (nos termos da FC) no ser humano que faz deste uma criatura eminentemente egoísta, reflexa em frases suas como: “Nosso arrependimento é resultado mais do temor do que nos possa acontecer do que por lamentar nossos próprios atos”, cujas conclusão assemelham e são encontrados também em Augusto dos Anjos e em outros autores. Passo a considerar em âmbito da Filosofia Clínica, de que maneira um filósofo clínico que tivesse como um dos tópicos determinantes de sua prórpia Estrutura do Pensamento o subtópico Inversão, como ele poderia levar de modo competente, condizente com as diretrizes dos Centros de Formação , seu trabalho no consultório, procurando:

– Pesquisar os movimentos intelectivos inversivo do partilhante/FC: o que acontece durante o processo de enxaqueca, quais os deslocamentos, quais as atividades inversivas, como ela se mantém normalmente e o dado atual; o que o sujeito (partilhante/FC) traz para o seu mundo existencial presente e com quem está em relação em sua presença.

Se eu, filósofo clinico, sou o sujeito e trago a pessoa/partilhante vom quem falo ao meu mundo existencial presente, promovo uma Inversão.

O partilhante, por sua vez, ao sair de seu mundo existencial para estar em interseção no meu, efetuou uma Recíproca de Inversão.

Quem, portanto, determina o movimento inversivo é sempre o sujeito.

– Dar conta da EP (jeito existencial na totalidade), das acomadações conceituais, tantas quantas existem, assim como, os submodos (a maneira que a EP usa para vivenciar em forma de ação, comportamento e atuação, abrigando tantas quantas forem as maneiras de termos originários de conceitos, ou seja, conhecendo os constantes movimento da EP, estabelecendo continuamente as mais diversas maneiras de interseção que somam-se e dividem-se de muitos modos, arranjando-as em combinações complexas, sofrendo mudanças que pode passar invisíveis para o filósofo, que deverá estabelecer um tipo de interseção com o partilhante não inversivo, num roteirizar para que possa imaginar o seu mundo. A inversão pode ser feita em forma de interrogação ou argumentação, levando-a a imaginar, entender ou vivenciar a situação do seu mundo, ou do seu drama existencial, dando sentido. Enquanto que o filósofo clínico, não permanecer em inversão ou em recíproca de inversão, ou seja, ir até a representação do partilhante interagindo, levando-o a vivenciar outras situações que tenha significado para ele, evitando permanecer na situação do partilhante, com um pré-juizo, de que é egoísmo pensar em si, antes devemos pensar nos outros, no pai, na mãe, esposa, filho(a), partilhante, etc. Ser inversivo pode significar conviver com uma culpa.

– Objetivar, nas inúmeras maneiras de se trabalhar com a inversão, que é de trazer ou levar o partilhante do dado que ele forneceu. È a ida do partilhante ao encontro de suas sensações, sentimentos, pensamentos;

– Observar no movimento do intelecto, como se situa a espacialmente o partilhante a si mesmo. É inversiva, quando o sujeito (partilhante ou FC) permanece em si e traz os outros ao seu mundo existencial. Na Recíproca de Inversão, ela vai, se dirige ao mundo do outro, por exemplo: “eu gosto de me colocar no lugar das pessoas”. No Deslocamento Curto, dirige a sua intencionalidade para coisas ao alcance dos sentidos. No Deslocamento Longo, ela se desliga dos dados sensoriais e fica abstraindo.

– Usar os conhecimentos filosóficos a serviço da terapia existencial, isto é, para tentar solucionar os conflitos existenciais dos partilhante, sem influenciar e ser influenciado, e sua identidade, reside, em sua posição dentro da situação vivencial.

DEFINIÇÕES E EXEMPLOS

ESPACIALIDADE é a localização existencial do partilhante, seu endereço de vida.

Inversão: Ocorre quando a pessoa/partilhante se ocupa de si mesma, seus próprios anseios e questões. Ex. “…eu gosto mesmo é de viajar porque eu me sinto muito livre quando sai do meu ambiente…”.

Recíproca de Inversão: Consiste em habitar o mundo da outra pessoa. Ela precisa do mundo do outro para poder falar de si mesma. Ex.: …”eu lembro do meu amigo H. como se fosse hoje. Eu nunca esquecerei uma pessoa como Ele. Ele era muito responsável e perfeito em tudo o que fazia…”.

Deslocamento Curto: estar existencialmente em objetos ao alcance dos sentidos. Ex.: “… eu olho para este céu cinzento, cheio de nuvens, grossas e pesadas nuvens, talvez chova mas não importa eu tenho uma boa capa de chuva para proteger…”.

Deslocamento Longo: estar em objetos além ou aquém o alcance dos sentidos. Desliga-se dos dados sensoriais e fica abstraindo. Ex.: “…olho para tudo isso e me lembro de como era naquela época, casa cheia de gritos e alegrias das crianças…”.

Espacialidade é um tópico da EP que pesquisa a posição, a localização intelectiva da pessoa. Teu corpo está aqui, algo que pesquisamos na Categoria Lugar, mas onde estão os conceitos da malha intelectiva? Aqui, na serra de Canela, à beira do mar, passeando pela Redenção?

– Inversão e Recíproca de Inversão se referem à interseção entre pessoas, só isso. Quando o sujeito traz o outro ao seu mundo existencial, eis aí um movimento inversivo: “eu sinto minha pele suave; esses meus sentimentos são tantos…! estou com fome” – são sentenças que indicam movimento inversivo. A Recíproca de Inversão é o oposto da Inversão; é o sujeito quem vai ao mundo existencial do outro. Já o Deslocamento Curto se refere ao direcionamento do meu pensar, a minha atenção, ou intencionalidade, ocupada com objetos que estão presentes aqui neste momento, ao alcance de meus sentidos, mas que não são pessoas. E o Deslocamento Longo é o vôo que minha atenção dirigida dá em direção a objetos que não estão presentes, ou mesmo a idéias complexas longínquas.

O filósofo pode se certificar da intensidade do Deslocamento Curto feito através da qualidade das respostas da pessoa. Quanto mais estiver no lugar do outro, maiores serão e mais minuciosas as informações.

O Deslocamento Longo, por sua vez, oferece os mesmos procedimentos do anterior.

A diferença é que no Curto nós usamos somente os dados captados pela percepção da pessoa, não construímos outros. O gato, a colega, Pedro estavam realmente lá conforme a percepção de Maria.

O Deslocamento Longo vai além disso!
Insere novos dados abstratos e sensoriais: pessoas, coisas e situações.
Quando se efetua o Deslocamento Curto, o primeiro passo é escolher um objeto importante no contexto da pessoa. Cuide que o deslocamento se refere a objetos presentes e não a pessoas (o que caracterizaria um movimento inversivo!)

Tão logo a pessoa eleja o objeto, deve-se pedir informações sucessivas que provoquem realmente uma versão a partir do objeto no movimento projetivo realizado pela pessoa. Por exemplo: qual o tamanho das coisas, da mesa, das pessoas, do ponto de vista do passarinho? Qual a sensação de se estar coberto por uma aconchegante plumagem? O peso das asas é maior que o da cabeça?

A pessoa precisa realmente se deslocar, como Sidharta faz na história de Hermann Hesse. E se o fizer, ao retornar a si mesmo trará uma segunda opinião muito forte sobre a consideração geral das coisas.
Após o estudo minucioso das categorias, sabemos desde a linguagem usual da pessoa (Wittgenstein) até suas circunstâncias de ser-aí no mundo, segundo a nossa ‘medida de todas as coisas’.

O clínico precisa estar atento para o fato de que para além dos limites da representação da pessoa nada existe; é na representação que o intelecto dela armou o lugar onde acharemos as respostas, via interseção.

T14. Espacialidade: Inversão, Recíproca de Inversão, Deslocamento Curto, Deslocamento Longo.
Espacialidade refere-se aos deslocamentos geográficos do conceito no intelecto. Observar no movimento do intelecto como se situa espacialmente a pessoa; indicando a localização geográfica do intelecto da pessoa. Há quatro localizações a serem pesquisadas:

Inversão (voltado para si mesmo):
Quando a pessoa permanece em si mesmo e traz os outros ao seu mundo existencial. Ela fala mais dela mesma, e traz os outros para o seu mundo.

Significa trazer o outro para o meu mundo. Quando isso acontece promovo uma inversão. O outro participa do meu mundo, das minhas coisas, das minhas verdades, crenças, valores etc.

Algumas pessoas pensam de que, ao fazer isso o outro passar a ver o mundo a partir do seu ponto de visto, de sua representação ou percepção. Para terem êxito em alguns casos, lançam mão de todas as armas possíveis capazes de persuadir a vítima. (Marido x Mulher- Pais e filhos- negócios etc… Algumas práticas pedagógicas estão carregadas de inversões colocadas de forma despótica por educadores que fazem da sua representação de mundo um guia a ser seguido pelos educandos. Crianças e adolescentes são desde logo induzidos a freqüentar um mundo que não os pertence. Parece que são eles que precisam ver significados onde não conseguem enxergar o significante, isso vale para alguns professores, e matérias…. É possível identificar boa parte dos fracassos educacionais, a tentativa de moldar a existência do educando segundo a do educador ou da Instituição?

Recíproca de Inversão (voltado para o outro):

Ela vai, se dirige ao mundo do outro, por exemplo: “eu gosto de me colocar no lugar das pessoas”. Ir ao mundo do outro. Entrar na representação do outro, junto com o outro, percebendo o outro como ele é em si mesmo. Compartilhar os dilemas encontrados no outro, repartir o fardo as vezes pesado de suas existência, dessa forma posso ter em mim mesmo , uma representação da representação do outro de sua Estrutura de Pensamento isto é, de si mesmo.

Este mergulho na representação no outro é determinado pela qualidade da interseção estabelecida. A través de interseção ela nos transporta para mundos existenciais diferentes e poderemos compartilhar e atenuar aquilo que aflinge o outro. A recíproca de inversão é alimentada pela capacidade de ler e aprender o significado das afeições do outro em mim mesmo. O que vem do outro é inserido na minha Estrutura e como essa absolve o outro, reage o outro, ou completa-se em si mesma. Isso varia conforme cada pessoa esta estruturada em si mesma.Ao entrar na representação do outro pela trilogia, respeito, honestidade e carinho. Esta é a base da habilidade terapêutica ao entrar na existência alheia e poder perceber o outro como ele é por si mesmo.

A vida em família é onde iniciamos a aprendizagem de como lidar com as nossas afeições, neste ambiente íntimo aprendemos como nos sentir em relação aos outros e a nós mesmos. A capacidade de perceber as afetações de outra pessoa pode ser a essência da arte de relacionar-se. A recíproca de inversão é alimentada pela capacidade de ler e aprender o significado das afetações do outro. É recomendável aprender ir ao mundo do outro, e perceber os sinais que vem dele. Talvez a recíproca de inversão em certos casos podem ser a das respostas possíveis indicada para se trabalhar com os jovens e qualquer pessoa. Poder compartilhar os dilemas vivenciados por ele, aliviar, atenuar, o fardo que o traz, ou mesmo carrega, repartir idéias, para se ter uma representação da representação que o outro tem da seu Estrutura e de si mesmo

Deslocamento Curto (voltado para objetos presentes):

Dirige a sua intencionalidade para coisas ao alcance dos sentidos. Ao promover um deslocamento curto em direção a um objeto a mente se ocupa dos dados vindo através dos sentidos. A mente se ocupando de coisas próximas, saindo de si mesma, sem intermediações. O deslocamento curto é um movimento do intelecto em relação ao objeto próximo dos sentidos, promove desta forma, uma desconstrução de algo latente como sendo problemático desde que, a atenção do intelecto para o objeto esteja no contexto da pessoa de identificação, algo que gosta, que intui, que representa, que descreve em seu entendimento. Os objetos no deslocamento curto devem estarem necessariamente presentes, não são pessoas, e sim Objetos.
“Para Descartes, sei que tenho um corpo, porque este corpo está unido a mim mesmo. Mas, não consegue comunicar-se com o mundo”. “Ao promover um deslocamento curto, são usados dados captados pela percepção da pessoa extraindo da relação do objeto presente. Algumas pessoas aprenderam a fazer o curto, sem conjuntamente o deslocamento longo, o curto em alguns casos, pode caracterizar no objeto um problema, de forma que a pessoa não consegue estabelecer um distanciamento do mesmo”.

Deslocamento Longo (voltado para objetos, idéias, acontecimentos distantes):

Ela se desliga dos dados sensoriais e fica abstraindo. No deslocamento longo, a pessoa vai além do objeto presente. Insere ao intelecto outros dados vindos através da razão em viagens longínqua, representações abstratas, construídas e captadas pela intuição, sem necessariamente passar pela experiência sensória. Algumas pessoas relatam histórias belíssimas vivenciadas fora do corpo, estando longe de si mesma, manifestações essas vindas através dos sonos, estados de devaneio, experiências com drogas etc. “Aqui a propósito deste tópico, é reconhecer o modo que a pessoa realiza seu movimento intelectivo em consonância com as Categorias. Estrutura montada, e autogênia.”

Deslocamento do intelecto:

Descartes propôs “EU PENSO” a identidade subjetiva rés-extensa à rés-cogitans.

Merleau-Ponty, afirma que a consciência não é apenas conhecer um dado, mas um conjunto significativo de dados. Ao re deslocar-se a mente busca aqueles idéias ou objetos que estão na rede de intensões significativas da consciência.
Para Descates, “Sei que tenho um corpo, porque este corpo está unido a mim”. A Crítica que Merleau-Ponty faz a Descartes consiste que nosso corpo, na tese cartesiana, não consegue comunicar-se com o mundo. Recíproca, ir ao mundo do outro aqui, parece ser uma ficção, não é mesmo?

O corpo ao nível perceptivo, não tem contato com a realidade que o circunda, sendo sua principal característica a passividade da percepção. Na abordagem fenomenológica, o corpo é o veículo de nosso ser-no-mundo, permite a compreensão do outro, através de registro somáticos toque, energia etc…na fenomenologia o corpo que está situado na existência e portanto atualidade da mesma. O mundo é compreensível através do corpo e expressada na subjetividade, o corpo conta com o mundo, porque faz parte dele de forma orgânica, ao vivê-lo, sou pois, meu corpo. Mente e corpo uma unidade.

Questão III:

Por que Semiose é tido como tópico estrutural e não como procedimento submodal?

Porque os signos que a pessoa utiliza para comunicar não apenas em relação aos outros, como para consigo mesma é seu canal de expressão pessoal. Como o modo de ser, o como ela se veste, como se expressa, verbalmente ou através da escrita, desenho, música, etc., pode ser um dado de Semiose; porém, não como procedimento submodal, cuja diferença fundamental é que os dados de Semioose em geral são submodos informais usados pela pessoa. Outra coisa importante é que Semiose é o que eu uso para expressar:beijo, por exemplo. Já um submodo implica em um procedimento. Por exemplo: a moça pode ter crises de enxaqueca quando há período em que o rapaz se mostra mais ativo sexualmente; este é o signo que ela usa para informa-lo que não está a fim.

Os dados de Semiose são tão variados quanto são variadas as pessoas: uns usam o verbo, outros usam a imagem, outros usam o toque…qualquer modo de expressão revela um tipo de Semiose.

Diz respeito ao que é usado como signo ou sinal: frases em forma de hipérboles ou parábolas? Um beijo? A mão que aponta uma paissagem bucólica? Braços que protegem? Um olhar de aprovação? O dobrar dos sinos? O som do dobrar dos sinos ao longe? O sentimento intimo de gratidão por uma sopa no inverno? O sabor delicado dos morangos?

Logo, Semiose é o que utiliza-se para dar sentido ao que quer comunicar. Em Clinica, é os termos que uso para dar razão aos conceitos que habitam minha EP. Se amo minha milha mulher e quero expressar isso que vai na EP, posso utilizar: beijo, flores, carinho tátil intimo, passeio, conversa, riso, estar junto etc. São, todos, dados de Semiose.

Os termos que usamos para dar razão às emoções e aos conceitos são os dados de Semiose, extremamente originais e singulares, e que constituem elementos de transição entre as Estruturas de Pensamentos e os Submodos.

Ao considerar as inter-relações entre os tópicos que compõem a Estrutura do Pensamento, entre eles a Semiose, o filósofo clínico embrenha-se em constatações que lhe permitem uma compreensão apurada de alguns fenômenos.

A Semiose somente tem pertinência em Clinica quando seu peso subjetivo é grande em relação aos demais tópicos.
Somente por meio de análise da historicidade da pessoa é que o filósofo clínico conhecerá com mais tópicos e de quais modos o tópico Semiose estabeleceu seus vínculos.

T15. Semiose:

Canal de expressão da pessoa. Até o modo de ser da pessoa, o como ela se veste, pode ser um dado de semiose. Como a pessoa se expressa, verbalmente ou através da escrita, desenho, musica, etc. “Diz respeito ao que é usado no signo ou sinal. É o que a pessoa utiliza para significar ou dar sentido ao que ela quer comunicar”. Portanto, trata-se das formas como as pessoas expressam o que vai em sua estrutura de pensamento. Algumas se expressam melhor pela fala, outras por escrito, por fotografias, por música, por desenhos, são inúmeras as possibilidades. Dentro desses dados incluem-se os gestos, os movimentos corporais, as expressões da face…A semiologia é a ciência que estuda a vida dos sinais. Podemos a conceber como sendo as mais diversas formas de expressão de um ser humano tais como: Arte, formas existenciais que traduzem a compreensão do mundo música, pintura, trabalhos com argila etc. são estruturações simbólicas que a pessoa utiliza para dar sentido ao que quer comunicar. Ernest Cassirer em a filosofia das formas simbólica sendo o homem um animal simbólico ele superou os limites da vida orgânica. A linguagem característica fundamental do homem, nele não expressa somente idéias, mas sentimentos e emoções, afetos. “O filósofo clínico aqui pesquisa o que a pessoa usa como dado de semiose para expressar, comunicar com o mundo, e consigo mesmo. Toques epiteliais, beijos, palavra verbal, escrita”. Neste tópico identificar quais os dados de semiose em que o cliente usa comumente. A linguagem estabelece uma ponte ontológica entre duas individualidades. “O que é estranho no estrangeiro é o fato de ele não ser eu” O outro é o estrangeiro. A linguagem reúne duas pessoas diferentes, com universos semânticos diferentes, a semiose pode ser o comum entre o canal de expressão servindo apenas de veículo embasado na semiótica de Pierce, Locke, Charles Morri. Sussuir etc.

Conclusão

Assim, a filosofia encontra um modo novo de expressão que parecendo novo não é senão o “resgate da sua origem, libertação dos seus limites, recuperação dos seus direito de cidadania” (Sautet). Isto é, deixar de ser puramente abstrata e tornar-se também concreta, porque o problema dominante e central é o próprio homem, ou seja, a sua função, a sua vida, o seus destino. “É o homem concreto, esse que cada um de nós sente viver em si próprio e descobre nos outros” (ABBAGNANO, Nicola) . “É o homem como medida de todas as coisas“. (Protágoras). Aquele vivente que usufrui si mesmo e também dos outros para viver harmonicamente.

Na Filosofia Clínica não há um mestre e um aluno, não há um conhecimento metafísico e nem fórmulas mágicas. Há um Filósofo Clínico que tem o conhecimento da Filosofia acadêmica e um partilhante ou cliente que caminham juntos, através de uma boa interseção e diálogo, em busca de caminhos que tornem mais amenos seus problemas existenciais.
O respeito e o carinho são o elo de ligação entre o Filósofo Clínico e partilhante. A Filosofia Clínica sabe que cada indivíduo é singular em suas vivências e, portanto, deve ser tratado com dignidade. Todo o seu conhecimento deve ser empregado para amenizar, desconstruir, aliviar seus medos, angústias, traumas, desilusões, melancolias, etc., sem jamais esquecer que será sempre o partilhante que decide o caminho que vai trilhar. O Filósofo Clínico estará ao seu lado como um amigo disposto a caminhar junto, sem interferir no percurso.

A Filosofia Clínica através de métodos próprios põe a pessoa em contato com uma interioridade até então desconhecida. Por isso, ela pode ser definida como, “atividade filosófica aplicada à terapia do indivíduo”. A Filosofia Clínica trabalha junto com a pessoa para a identificação do que para ela é fundamental: organizando ou reorganizando, redefinindo, avaliando, esvaziando, enfatizando ou adicionando conteúdos.

“A filosofia é uma área (abordagem) terapêutica que trabalha os problemas existências das pessoas, partindo de seus dados históricos, da montagem da estrutura de pensamento das pessoas, e da verificação dos submodos que a pessoa utiliza na sua prática constante.”

Seu instrumental divide-se em três partes: os Exames Categoriais, a Estrutura do Pensamento e os Submodos.
“Nos Exames Categoriais, fundamentados principalmente em Aristóteles e Kant, através do histórico da pessoa, contado por ela mesma, contextualiza-se suas questões, seu modo de ser, o que vivenciou, enfim; são colhidos os dados necessários para a clínica. O método, neste momento, é fenomenológico, ou seja, a descrição da pessoa, acerca de sua história, é acompanhada sem maiores interferências ou interpretações, para que possa seguir seu próprio curso, e não outro, traçado pelo filósofo.

Na Estrutura do Pensamento (EP) (dividida didaticamente em trinta tópicos), a partir dos dados apresentados nos exames categoriais, são verificados os tópicos determinantes, as relações tópicas e os choques existentes na vida da pessoa.
Nos Submodos (trinta e dois procedimentos clínicos subordinados à estrutura de pensamento da pessoa), de acordo com os dados fornecidos pelos exames categorias e pela análise da estrutura de pensamento, faz-se intervenções, procedimentos clínicos, com o objetivo de trabalhar as questões apresentadas pela pessoa”.

Esteticidade: Obter algumas informações: como a pessoa reage frente um conflito (emudece, se desespera, se revolta, etc); como ela quer ser ouvida (em silêncio, através da comunicação, escrita, música…), e como ela sai da crise ( se calma sozinha, precisa de apoio, persiste no desespero, etc). O importante é abrir caminho para o diálogo, que a pessoa estabeleça uma interseção para que possam ser iniciados os Exames Categoriais. A Esteticidade é um Vice-Conceito (dizer de outra forma o indizível) livre que vem da pessoa, sem interferência, proque o significado de tudo isto importa somente à pessoa a que está relacionado o dado de semiose, com a sua angústia, dor, etc. Ao clínico cabe ficar atento, ligado, incentivando a pessoa a se expressar, não importando a forma. A Esteticidade poderá acontecer no início como Assunto Imediato, nos Exames Categoriais, no primeiro momento dos Dados Divisórios Gerais, nos Dados Divisórios Específicos, no terceiro momento quanto do enraizamento ou no trabalho com os Submodos.

Assim, o critério é o alicerce, a base sobre a qual o trabalho será edificado, mas o trabalho é determinado a partir da pessoa que procura um filósofo clínico, e de suas necessidades. Por isso a escolha do submodos mais adequado, feita pelo filósofo, terá, exclusivamente, critérios práticos de adaptação à pessoa. Daí a importância dos exames categoriais e de avaliar corretamente a EP e os Submodos a serem utilizados.
Na pesquisa da estrutura é preciso estar atento às interseções As interseções são o modo como atingimos os limites da estrutura e o começo da existência do indivíduo.

Em suma: A pessoa não é a sua Estrutura, mas o resultado das interseções que estabelece a partir dela, ao longo da existência.

A vida pode ser igual para todos, mas os modos como ela afeta a existência diverge conforme a estruturação do pensamento e as interseções tópicas.

Saber o modo como estruturamos os nossos modos de ser em relação á vida, ao mundo, e as pessoas, podem representar um ganho existencial importante.

A existência define se a partir das interseções, seja do todo em relação às partes, ou das partes em relação ao todo.

A análise da Estrutura significa um parecer sobre o todo a partir da historicidade da pessoa.

A Estrutura de uma pessoa é um produto de uma história vivida ou vivenciada pela própria pessoa.

A Qualidade da interseção refere-se a estados subjetivos alerta Packter.

BIBLIOGRAFIA
Cadernos de Filosofia Clinica. In: PAULO, Margarida Nichele. Primeiros passos em filosofia clínica, Vol. I. Coord. E Org. – Porto Alegre, Imprensa Livre, 1999 p. 19)
STRASSBURGER, Hélio, Prefácio. In: PACKTER, Lúcio. Filosofia Clínica. Florianópolis: Garapuru, 2001, p.11 e 12.
PACKTER, Lúcio. Apresentação. In: PAULO, Margarida Nichele. Compêndio de filosofia clínica, –Porto Alegre, Imprensa Livre, 2001, com inclusões adaptativas
AIUB, Monica. Sensorial e Abstrato: como avalia-lo em filosofia clínica. Santos-SP:APAFIC-Associação Paulista de Filosofia Clínica, 2000. Introdução pp.5-7.
Nomes e temas da filosofia contemporânea. p. 9
VOSS, Tarcísio. Filosofia Clínica: como o mundo me parece.Brusque/SC: 2000. P. 9, com inclusões adaptativas

ANEXO
TRABALHO CLÍNICO / PILARES DE ESTRUTURAÇÃO

PRIMEIRO PROCESSO

EXAMES CATEGORIAIS:
Regras para a investigação e pesquisa. Uso em clínica: são condições de possibilidade de compreender os modos de ser e manifestar da pessoa; Finalidade: È a localização existencial no tempo e no espaço.

OS DADOS DIVISÓRIOS
O filósofo clínico usará os Dados Divisórios para fundamentar melhor o seu conhecimento da vida da pessoa, fazendo remissões pertinentes, explanatórios. Sua função é dar clareza ao clínico quanto aos choques existentes, bem como remetê-lo ao Assunto Último. È através dele que o clínico vai aprofundar o histórico da pessoa. O objetivo da divisão é obter maiores informações, resgatar dados que foram omitidos, esquecidos. Pode ser feita por datas, cronologicamente, por eventos ou por dados cognitivos.

TÓPICOS DA ESTRUTURA DE PENSAMENTO (EP):
O jeito existencial da pessoa. Tudo o que você conhece, sente, intui, tudo o que há em você na sua totalidade, isso é a sua Estrutura de Pensamento.

SEGUNDO PROCESSO

MONTAGEM DA ESTRUTURA DO PENSAMENTO-EP
É o modo como está existencialmente a pessoa. Significa a maneira como estão associados em você todos os seus sentimentos, os seus entendimentos, seus dados éticos e epistemológicos, religiosos e o que mais houver.

DETEÇÃO DOS (30) TÓPICOS EP:

Visa mostrar de como a pessoa está estruturada internamente, compreendendo todas as suas vivências encontradas no presente, passado e/ou direcionadas ao futuro.

ESTRUTURAÇÃO MONTADA PELO FILÓSOFO CLÍNICO:
Terá condições de identificar o funcionamento (Relação Tópica consigo mesmo, e com os demais objetos de relação) interno da pessoa que procurou por ajuda. Vivências encontradas no presente, passado e direcionadas para o futuro.

TERCEIRO PROCESSO

APLICAÇÃO DOS SUBMODOS (32)/PLANEJAMENTO CLÍNICO:

Intervenção do Filósofo Clínico naquilo que foi identificado em conjunto com seu cliente/partilhante. Trabalhar com ferramentas utilizadas na FC (32 submodos), somente naquilo que for importante à pessoa, o que está em conformidade com o seu modo de estruturação. São como a pessoa vivencia e vi de um a outro tópico de sua estrutura de pensamentO

Compartilhar